Flores, Penas e Filosofia
- talilopes.chavenco
- 15 de jul. de 2023
- 1 min de leitura
Em um momento sozinha no quintal, observei o pé de lavanda. Ele estava cheio de flores e nele também estavam várias pequenas penas penduradas nas folhas. Uma pergunta veio em meus pensamentos… Por que isso me chamou tanto a atenção? O que essa imagem tem a me dizer? O que são flores e o que são penas?

Primeiro, os fatos! Flores tem vida, mas ficam onde estão, produzem néctar. Penas viajam com o vento e com os pássaros, mas não tem vida, mantém as aves aquecidas.
Então, flores são fixas, com vida. E penas são móveis, sem vida.
Flores são fixas, será? Elas caem como penas, elas balançam e voam com o vento. Uma hora são botões, outra hora são pétalas.
São plantas, mas às vezes são presentes, às vezes são perfume, às vezes andam em cima da orelha da menina, outra hora estão nas pinceladas do artista…quanta mobilidade.
Penas não tem vida, será? Elas tem o seu ciclo, se um dia são penas, no dia futuro não serão mais.
Penas são plumas, mas às vezes são proteção, às vezes são ninho, às vezes são enfeite de carnaval, às vezes são inspiração para voar…quanta vida.
Ambas têm hastes, ambas tem “pétalas”, ambas são coloridas, são flexíveis. Elas compartilham a missão de manter a vida e, ainda por cima, de forma bela.
Na intenção de encontrar diferenças, só encontrei semelhanças...
Sigo bem vivendo entre flores e penas, não sabendo como separar.
Como diria Helena Blavatsky em seu livro A Voz do Silêncio "Repara. Que vês tu diante dos teus olhos, ó aspirante à sabedoria divina?"