Solstício de inverno

Aconteceu a maior noite do ano, e por mais escura e longa que posso ter sido, o tempo passou e o Sol amanheceu.

Essa é uma das mensagens que o inverno nos passa. Com o inverno o ciclo da natureza nos apresenta o tempo de morrer, hibernar, se recolher e mostra também que, logo em seguida, um novo dia RECOMEÇA.

A vida e a morte andam juntas, a morte não é o fim de vida, ela é uma EXPRESSÃO da vida. É uma LEI que os ciclos aconteçam, é uma Lei que as coisas se aquietem e renasçam. Uma vida existindo inteiramente no seu auge energético seria impossível de ser vivida.

O que tem que morrer a cada ciclo? Os filhos crescem e com isso a mãe insegura fica para trás. O trabalho muda e com isso a pessoa ingênua e com poucas experiências fica para trás. A aula acaba e com isso a pessoa ignorante fica para trás.

Mas, coisas que passam, não levam com elas as coisas que devem PERMANECER.

As experiências, as reflexões, os sentimentos profundos e a gratidão ficam para sempre. Os sonhos não mudam, apenas são renovados e fortalecidos.

A naturalidade de CONVIVÊNCIA com os fins é alcançada na medida em que a sabedoria é exercida. Sabedoria para entender que cada coisa tem o seu tempo, para desapegar do que não conseguimos segurar, sabedoria que desvenda a verdade sobre a MATERIALIDADE e a ESPIRITUALIDADE.

É simples mas não é fácil…havemos de alcançar essa sabedora, ciclo após ciclo, fim após recomeço, recomeço após fim, pois o sentido da vida continua o MESMO e a reflexão sobre isso não pode acontecer apenas no fim do último ciclo material que conhecemos.

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